segunda-feira, 6 de abril de 2009

Encontro do G20


O encontro dos países membros do G20 que aconteceu em Londres nos dias 1 e 2 de abril de 2009 deixou no ar a promessa de mudanças e superação da crise financeira mundial. Alguns dos pontos mais importante foram as decisões de se ampliar a regulamentação do sistema financeiro internacional, o aumento de fundos disponíveis para empréstimos, combate a paraísos fiscais e até mesmo a continuação das negociações da Roda de Doha, tecla em que o Brasil vinha batendo há tempos sem grande sucesso.

Embora a afirmação de que Obama teria dito que Lula é o político mais popular do mundo tenha sido tirada de contexto e sua importância exacerbada pela mídia, é inegável que vários líderes e nações tiveram ganhos políticos. Contudo, talvez o mais significativo seja a provável mudança que está ocorrendo no eixo de poder mundial que se desloca da Europa-Estados Unidos para a China-Estado Unidos.

Possíveis benefícios econômicos à parte, não se pode esquecer que o regime comunista chinês é um dos que cometeu o maior número de atrocidades ao longo de toda a história humana. Assassinatos de dissidentes, torturas, genocídio e exploração de trabalho escravo são algumas das práticas corriqueiras no país. É proveitoso para políticos serem vistos jantando ou tomando chá com o Dalai Lama, mas sanções econômicas pelos crimes contra a humanidade cometidas pela China no Tibet são impensáveis e financeiramente inviáveis. Se atualmente a maioria dos países do mundo negocia normalmente com a China fazendo vista grossa para o descaso com os Direitos Humanos neste país, o fato de que o poder econômico mundial está cada vez mais em mãos chinesas deveria aumentar a preocupação com o futuro da globalização e com os valores que irão guiar a economia e a humanidade como um todo no futuro.

Embora tenham cometido barbaridades indesculpáveis no passado e gerem problemas no presente, Europa e Estados Unidos foram o berço da democracia moderna, dos Direitos Humanos e da civilização ocidental. É temeroso perceber que a mais provável superpotência do século XXI não tem qualquer preocupação em observar valores que temos como certos, louváveis e arraigados em nossa cultura. Talvez em algumas décadas fique claro que os produtos chineses de qualidade duvidosa que inundam nossas lojas tenham um custo de longo prazo muito mais caro do que percebemos atualmente.

2 comentários:

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    .Como disse meu amigo Guilherme:
    -Edson, apesar de tudo e pela ótica atual das coisas, eu gosto dos Estados Unidos e da sua soberania Econômica, Bélica e Política.
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    -Mas pq Guilherme? Vc não percebeu que veio deles os padrões de consumo que aceleraram o extrativismo e exteriorizaram os custos do seu padrão de vida para os países pobres e em desenvolvimento?
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    -Edson, veja bem, é melhor resolver o problema do consumo do que correr o risco de ter que resolver o problema de uma nação totalitária, com alto poder bélico e econômico, detentora de mais de 1/6 da população mundial, com atividades altamente poluentes e, o pior, ELES não possuem escrúpulos no trato humanitário, ou seja, a vida e a liberdade lá é mais banal do que aqui. São fanáticos!
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    -Gui, pelo jeito vc está falando da China.
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    -É verdade Edson, no geral, não se deve confiar em caras com olhos puxados que falam mandarin, eles são maus!!
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    -Aff!!! Vamos mudar de assunto, pq este futuro não temos como mudar!
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    .VISITE:
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